sábado, 9 de junho de 2007

Comentários do estudo sobre o aspecto pedagógico do filme “O Sorriso de Monalisa”, de Mike Newell

Existem grandes semelhanças entre o tema desenvolvido nos filmes “A Sociedade dos Poetas Mortos” e o “Sorriso de Monalisa”, isto é, um novo professor defensor da tendência pedagógica progressista libertadora, imbuída de acurada crítica social dos conteúdos culturais, que por meio de discussões, serve de mediador entre o saber e os alunos, ajudando-lhes a descortinar horizontes mais amplos e diferentes opções de vida que desafiam o "status quo", assim como os princípios tradicionais da escola, caracterizada por uma aprendizagem receptiva e mecânica que repassa aos alunos conhecimentos e valores considerados como certos e irrefutáveis.
O enigmático sorriso de Monalisa, eternizado por Leonardo da Vinci, parece desafiar a sociedade maniqueísta do final do medievo, prenunciando os ventos renovadores do Renascimento, da mesma forma que a Professora de Arte, Katherine Watson, se recusa a aceitar uma sociedade hipócrita que limita a vida da mulher ao papel de esposa submissa, abrindo caminhos para sua emancipação. Ambas parecem felizes exteriormente, mas não o são.
Objeção que pode ser feita ao filme é a apologia velada ao feminismo, contrapondo mulheres interessantes e homens vulgares e sem caráter.

Um comentário:

Amélia Diniz disse...

Discordo que exista no filme uma “apologia velada ao feminismo”, pois ter perspectiva de um futuro melhor, que não seja só o casamento, não é feminismo. No filme também tinha homens interessantes, mas eles não enxergavam que as mulheres que estavam ao lado deles, poderiam ser muito mais que apenas dona de casa.